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Publicado por :   Associação Ginecologistas   |   Dia : 29-09-2021   |   Gostar   Inicie a sua sessão para gostar e partilhar esta dica 1018

AMOG realiza 14 dias de mobilização social em Manica

Em parceria com o Instituto de Comunicação Social

No âmbito da implementação do Projecto Advocacia pelo Aborto Seguro, a Associação Moçambicana de Obstetras e Ginecologistas (AMOG) realizou entre os dias 26 de Agosto e 9 de Setembro, em parceria com a delegação provincial de Manica do Instituto de Comunicação Social (ICS), uma actividade de sensibilização nas comunidades de diferentes distritos, com recurso à uma Unidade Móvel de Mobilização Social.


No mês de Setembro vivem-se 3 momentos importantes na vida da Saúde da Mulher: 

  • A 17 de Setembro, o Dia Mundial da Segurança do Paciente, marcado neste ano sob o lema “Haja agora por um parto seguro e respeitoso”, em prol da segurança dos cuidados maternos e neonatais no parto.
  • A 26 de Setembro, o Dia da Contracepção – neste ano com a seguinte mensagem: “Adolescentes e Jovens façam a contracepção. Protejam-se, nada de desculpas, conheçam as vossas opções. Vosso futuro nas vossas mãos.”
  • A 28 de Setembro, o Dia do Aborto Seguro 28 de Setembro – em 2021 marcado pelo lema “Aborto Seguro é serviço essencial de saúde: menos restrições!”

Foi exactamente com o intuito de incentivar o debate nas comunidades e alcançar mais mulheres, que a AMOG promoveu esta campanha acerca de Saúde Sexual e Reproductiva. A actividade abrangeu as seguintes localidades: Chitobe, (Machaze), Espungabera, Dibe, Mucarate, Chaiva, Mucarate, Gaha, (Mossurize) e, nas vilas de Gondola, Sussundenga e Vandúzi, (Guro) Mandie e Mungari, (Tambara) Nhacolo e Buzua, (Barue) Catandica e Nhampassa, (Macossa) Macossa E Nguauala, (Macate)  Macate e Zembe; e teve como objectivo divulgar mensagens educativas tanto em Português, como traduzidas para as línguas locais, referentes à legalização do aborto seguro, à luz do Diploma Ministerial 60/2017 de 20 de Setembro.

Unidade móvel numa comunidade

Dentre as localidades escaladas, encontram-se locais de maior aglomerado populacional, como os mercados, os sítios onde as mulheres cartam água e unidades sanitárias; escolas e centros de internatos; autoridades locais e líderes religiosos.

No exercício da actividade e em interação com as comunidades, a equipa do ICS pôde analisar os impedimentos e reforçar os entendimentos da comunidade sobre Saúde Sexual e Reproductiva da Mulher, tendo constatado que há um desconhecimento generalizado da lei de despenalização do aborto seguro, o que indica que são ainda realizados um número considerável de abortos clandestinos.

Desta forma, tanto as mulheres e raparigas, como as autoridades de saúde vêm com urgência a necessidade de se aumentar o alcance e a frequência da disseminação de informações básicas sobre a lei e serviços de aborto seguro, tendo até sugerido a criação de ativistas locais e pontos focais que possam replicar a mensagem.

Até à data, e para reforçar, a AMOG tem priorizado sessões de aconselhamento de pares, abordado questões que ajudam e motivam as mulheres a aderir aos cuidados de saúde sexual e reprodutiva, promovido debates para transformar a comunidade, os provedores de serviços e os legisladores, com vista a instigar uma conversa sobre os desafios que as mulheres encontram, também associados à aspectos socioculturais e a buscar possíveis soluções.


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