Image


Publicado por :   Associação Ginecologistas   |   Dia : 15-08-2022   |   Gostar   Inicie a sua sessão para gostar e partilhar esta dica 1148

AMOG levanta debate acerca da Objecção de Consciência

Em encontro do Grupo Técnico para o Aborto Seguro

Durante a mesa redonda de reflexão em torno do Aborto em Moçambique, enquadrada no contexto da Luta pela Saúde das Mulheres, que contou com a participação do Ministério da Saúde e 40 outras organizações parceiras, a AMOG apresentou o tema sobre Objecção de Consciência e falou das suas implicações para desafiar as escolhas das meninas e mulheres que buscam serviços.


A Professora Nafissa Osman, médica e membro da Associação de Médicos Obstetras e Ginecologistas – AMOG, levou ao debate o tema: Como contornar a objecção de consciência dentro dos actores válidos no processo de aborto? Aspectos legais de implementação da lei – Insights da FIGO. Aqui, a  Profª Nafissa Osman tratou de esclarecer sobre as barreiras existentes para que este serviço não seja oferecido, falando em concreto da objecção de consciência que é nada menos que a recusa em desempenhar uma função ou cumprir uma responsabilidade por causa de crenças pessoais, religiosas ou morais. No contexto da atenção ao aborto, invocando a objecção de consciência tornou-se um fenómeno global generalizado e que constitui uma barreira para esses serviços para muitas mulheres e meninas.

Nestas circunstâncias, segundo a palestrante, sendo o aborto um serviço essencial para a mulher na sua autonomia reprodutiva, em momento algum lhe deve ser negado o acesso ao mesmo. Osman esclareceu que “todos os provedores têm a responsabilidade profissional de garantir que as pacientes recebem os cuidados que autorizaram no processo de consentimento informado, e caso o provedor de saúde se encontre em situação de objecção de consciência é respeitada a sua posição e salvaguardada, mas deve fornecer encaminhamentos para garantir que mulheres e meninas necessitadas possam aceder esses serviços em tempo hábil”.

Assim, para melhor combate aos objectores de consciência, a médica deixou ficar a recomendação para todos os intervenientes chaves para trabalharem com vista a sensibilizar os profissionais de saúde para zelar pelos seus deveres éticos e legais, visando reduzir o uso de objecção de consciência a nível nacional.


Direitos reservados a AMOG



Gostar   Inicie a sua sessão para gostar e partilhar esta dica