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Publicado por :   Associação Ginecologistas   |   Dia : 23-11-2021   |   Gostar   Inicie a sua sessão para gostar e partilhar esta dica 720

Ainda existe limitação de serviços completos para a saúde das mulheres

Reconhece a governadora da província de Manica, Francisca Domingos Tomás

A governadora da província de Manica, Francisca Tomás, que se disponibilizou para uma entrevista com a AMOG há dias, em Chimoio, disse reconhecer haver, ainda, limitação de Serviços de Saúde da mulher na província de Manica, devido ao reduzido número de unidades sanitárias em relação às reais necessidades da população.


“Reconhecemos que ainda existe limitação de Serviços completos para as mulheres na nossa província, a ter em conta o número de unidades sanitárias e “casas de mãe espera” para mulheres grávidas, para que possamos melhorar a assistência aos partos institucionais e de modo a diminuir a mortalidade materna.” ― lamentou a governadora Francisca Tomás

A província conta atualmente com 129 unidades sanitárias, dentre elas 119 possuem maternidades, das quais apenas 86 contemplam “casas de mãe espera” para acolher mulheres grávidas. “Deveremos construir 10 maternidades e 45 casas de mãe espera. Como vê, esses números estão aquém das necessidades daquilo que a população precisa.”

A governadora disse ainda que “para reverter este cenário tem sido feito o devido trabalho, com vista a reduzir a vulnerabilidade da mulher ao acesso aos cuidados primários da saúde. A título de exemplo, devo dizer que neste mandato, construímos duas unidades sanitárias, em Maparanianga, no distrito de Gondola e Muchenedzi em Mossurize. Também foram inauguradas duas “casas de mãe espera”, uma em Matari no distrito de Sussundenga e outra em Macate.”

Acrescentou que no presente ano ainda vão inaugurar três centros de saúde em igual número de distritos, nomeadamente Sussundenga, Tambara e Macossa.

A governadora referiu que para ajudar mulheres a conhecerem os seus direitos sobre a Saúde Sexual e Reprodutiva, o governo, através da Direção Provincial de Saúde, tem feito a expansão das unidades sanitárias pela província, construção de “casas de mãe espera” para mulheres grávidas com material convencional, capacitação de actores comunitários em matérias de aborto seguro, planeamento familiar, suplementação das mulheres com vitamina A e sal ferroso, bem como a demonstração de culinária, através de agentes polivalentes elementares, activistas e praticantes da medicina tradicional, juntamente com o pessoal da Saúde.

Paralelamente, tem vindo a divulgar, através dos órgãos de comunicação social, os serviços de saúde das mulheres, complementando aquilo que as unidades sanitárias realizam “porque mesmo em relação à desnutrição crónica temos feito um grande trabalho de mobilização de mulheres para saberem juntar os vários tipos de alimentos. Portanto, são esses os desafios que estamos a enfrentar, para complementar os esforços tendentes a diminuir a vulnerabilidade da mulher na província”, enfantizou a governadora de Francisca Tomás. 

A província de Manica tem vindo a registar avanços significativos no que refere às taxas de escolarização das mulheres desde o ensino primário ao superior.

Este avanço também vem acompanhado das taxas de retenção das raparigas nas escolas a todos os níveis o que resulta também como produto da luta contra as uniões prematuras ao nível das comunidades, que antes eram tidas como causas de desistência escolar – referem dados enviados pelos Serviços Provinciais de Saúde em Manica.

De acordo com estes dados, o nível de conhecimento dos Direitos Sexuais e Reprodutivos na província é satisfatório porque as mulheres recebem informação através das várias plataformas criadas na escola e na comunidade para a educação sexual e reprodutiva das mulheres desde a rádio, televisão, palestras nas unidades sanitárias realizadas pelos técnicos de saúde, pelos líderes comunitários e APEs (Agentes Polivalentes Elementares) que não só difundem a informação, mas também oferecem métodos contraceptivos. 

“Encontramos também mulheres em organizações de massas fazendo advocacia pelos direitos das mulheres e dando palestras sobre os direitos sexuais e reprodutivos com apoio das organizações da sociedade civil.” Lê-se no documento.


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